terça-feira, 17 de maio de 2011

Nossa turma!

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".
Charles Chaplin




segunda-feira, 16 de maio de 2011

Museu Imaginário

   
Seja Bem Vindo ao meu MUSEU IMAGINÁRIO




Começo meu museu imaginário descrevendo fatos e acontecimentos que marcaram minha vida.

Infância


             Meus pais Maria Eneida e Edson Neves, casados há oito anos tinham dois filhos o Junior e a Chaiene, e não pretendiam ter mais um bebe, mas é nesse momento que começa a minha história.
Aos quatro meses de gestação minha mãe descobriu que estava grávida e por conta de não ter descoberto antes estava a algum tempo fazendo tratamento médico.
            Durante os cinco meses que restaram da minha gestação diversos cuidados tiveram que ser tomados, mas graças a deus ele me mandou a uma família abençoada.
          Dúvidas, incertezas, e insegurança rodearam aquela gravidez. Dia 26 de dezembro de 1985, quinta-feira, a tão esperada criança nasceu, durante as primeiras semanas poucas eram as esperanças dos médicos, mas nada era impossível para aqueles pais que acreditavam muito que para deus nada seria impossível.
           Durante muito tempo gastos com dinheiro e cuidado para comigo, tomou conta daquela família que com muita fé enfrentaram tal situação.
  Com o passar dos meses comecei a responder de forma positiva ao tratamento podendo assim voltar para casa depois de seis meses desenganada e hospitalizada.
    
         Do meu tempo de escola tenho poucas imagens, lembro-me que minha mãe sempre contava que foi um grande sacrifício, quando ela me matriculou pela primeira vez, eu chorava todos os dias, passados alguns meses ela acabou desistindo, e me re-matriculando no ano seguinte.
       
        Lembro-me até hoje da minha primeira professora o nome dela é Rubia,quando fiz magistério, tive a oportunidade de fazer um mini estágio em sua turma do maternal, pois ela continua lecionando no mesmo colégio e com a mesma série. 

             “Colégio Imaculada Conceição - Maternal I”, nesta escola passei bons anos de minha vida, pois entrei no maternal e sai apenas depois de concluir o ensino médio no ano de 2003.

Trabalhos da Pré-escola





          Os anos foram passando... Mas as lembranças ainda me acompanham as músicas que eu gostava de ouvir e dançar, as brincadeiras enfim toda magia de uma infância. 
Eu e meus irmãos: Junior e Chaiene

            Nunca fui muito de televisão e bonecas, preferia brincar na rua, jogar bola, brincar de pega-pega, esconde-esconde, caçador entre outras brincadeiras. Mas recordo-me de alguns desenhos que passam pela parte da manhã antes de ir pra escola que eu assistia de vez em quando.
           São eles: Família Dinosaurs, TV Xuxa, TV Colosso e Capitão Planeta;





             Como eu gostava muito de dizer a pré-adolescência chegou e com ela o meu encanto pela música.
            Ganhei um WALKMAN, onde colocava fitas com músicas que gravava da rádio, minha banda preferida era “É o Tchan”, adorava dançar.


                    Com o passar do tempo as músicas do Sampa Crew, estavam super na moda, eu, minha irmã e minhas primas até ensaiávamos as coreografias.

Mas não posso deixar de lado as músicas dos Raimundos, Cachorro Grande, Nirvana e Planeta Hemp, estás eu escutava um pouco obrigada, pois meu irmão era fã, mas de algumas eu até gostava.



Por influência de um ex- namorado comecei a escutar música gaúcha, e aprendi a conviver com o tradicionalismo, fiz curso de dança, e vestidos de prenda tudo para poder freqüentar os bailes, minha outra paixão.


          Outro fato que me marcou bastante foi à morte dos integrantes da Banda Mamonas Assassinas.
                1996- Uma operação equivocada do piloto é a versão do (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassino na noite de 02 de Março de 1996, em São Paulo.


Primeira vez que fui ao cinema foi para assistir ao filme Titanic.

Outros filmes






               No ano de 2001, vivi minha primeira experiência em relação à morte, no dia sete de junho de dois mil e um, perdi meu avô Madeira, foi minha experiência mais dolorosa e triste.

Adão Madeira e Celoi com os netos.

                   2003- Momento muito marcante nascimento da Marhia Eduarda Adolfo Neves, o primeiro bebê da família Pereira das Neves, minha sobrinha filha do meu irmão Junior e da minha cunhada Patricia.

Eu, Duda e meu irmão Junior.

Neste ano também conclui o Ensino Médio.
Convites de Formatura:



2004- Meu pai sempre gostou muito de ler e escrever. Lembro-me como se fosse hoje ele sentado no sofá, próximo a lareira, escrevendo um poema pra mim.

2009- Este ano foi muito importante em minha vida, pois conheci o meu namorado Deivid, uma pessoa maravilhosa que me trouxe alegrias e amadurecimentos.



Música marcante: Meteoro da paixão – Luan Santana
Deivid e Daiane


2010- Este ano foi decisivo em minha vida, muitas alegrias, medos e desafios surgiram durante este período, à alegria maior com certeza foi quando ganhei a FOFIH meu primeiro animalzinho de estimação, ela era tratada como uma criança, pois esse período de mudanças fazia com que eu me sentisse um pouco só, e ela conseguia com seu olhar amoroso e seu jeitinho arteiro preencher o vazio que eu sentia.

No decorrer do ano a maior tristeza aconteceu, no dia vinte e nove de dezembro, meu bebê, a FOFIH, partiu, deixando apenas lembranças maravilhosas de oito meses vividos intensamente, hoje eu e o Deivid temos a certeza que temos um anjo da guarda, um anjo de quatro patas.
Fofih.
          Outro momento marcante de 2010 foi à formatura da minha irmã Chaiene em Ciências Econômicas pela UNIFRA.

2011- Este ano começou um tanto triste por consequência da perda da FOFIH, mas aos poucos vamos tentando amenizar está dor, pois pode passar o tempo que passar jamais nos esqueceremos dela. 

Deivid, Daiane e Fofih Pequena grande família!

A Holly é o nosso novo bebê, e está nos mostrando que apesar de toda dor e sofrimento a vida continua.  
                                                                      Holly          
                      
Museu Imaginário em construção. 

Em breve mais novidades!

Fonte de imagens: http://www.google.com.br
                            Arquivo pessoal

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fim do Eixo I

Colegas e Tutoras!!
Nosso Eixo I terminou!

Gostaria de dizer que adorei os momentos que passamos juntas!!

Espero poder contar sempre com a amizade e ajuda de vocês.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Memórias de nossas aprendências no eixo EAD I"


Conquista

       Durante o EAD I, um mundo novo me foi apresentado, desafios e obstáculos surgiam a cada minuto que em frente ao computador me dedicava à realização das tarefas que me eram propostas, pois sempre fui uma aluna com bastante dificuldade de concentração e muito insegura.
No primeiro dia de aula, confesso que não achei tão difícil a tarefa, pois teríamos que escrever sobre nós e sobre o local onde moramos isso para mim parecia muito fácil, pois falar do local onde moro e falar sobre minha vida seria praticamente a mesma coisa, mas confesso que o medo de escrever me atormentava, pois nunca foi boa em redação.
Fui uma das primeiras alunas ou quem sabe a primeira a fazer a redação, pois o tempo em que vivo em minha rua me deu suportes suficientes para criar esta história. Durante o desenvolvimento da atividade foi um período muito mágico, entrevistar minha vó e alguns moradores fez com que eu recorda-se momentos importantes de minha vida, lembranças de minha família e infância que já estavam adormecidas dentro de mim. Pensei em diversas maneiras de como escrever algo que fosse interessante e de faço entendimento para quem fosse ler meu texto, e então em meio a diversas tentativas, optei por escrever com o coração, passando através de palavras simples e pequenos detalhes a importância da rua em minha vida, e um pouco de minha história de luta e fé.
Mas depois de tudo pronto era a hora de anexar fotos e aí começaram as minhas dificuldades, pois consegui diversas fotos que mostravam um pouco de tudo que havia narrado em meus textos, anexei todas as fotos e para minha surpresa o meu arquivo não carregou, pois as fotos eram muito pesadas , neste momento o desespero começou a tomar conta de mim, mas com a ajuda das tutoras e colegas aprendi a codificar fotos, que fez com que meu trabalho ficasse da maneira como havia pensado. Enfim há primeira semana havia passado!
As aulas foram passando e assim novos desafios e dificuldades foram surgindo, o medo de não conseguir realizar as tarefas nos prazos estipulados ou até mesmo de não estar fazendo as coisas corretamente me assombravam, mas com a ajuda de todos, familiares, colegas e tutores com muita calma, paciência e dedicação consegui vencer.
Hoje tenho certeza que todo o esforço valeu à pena, cada minuto em que passei em frente ao computador, rindo, chorando, pensando ou até mesmo brigando comigo mesma, pois venci o primeiro eixo, entregando todas as minhas atividades com antecedência além de ter certeza que aprendi e cresci muito durante este primeiro momento.
Não posso deixar de agradecer também a cooperação de todos, nossa turma é muito unida, e espero que durante nossa caminhada continuemos assim, uma ajudando a outra para que daqui a quatro anos possamos dizer, diante de um grande sonho realizado, NÓS VENCEMOS!

Nosso primeiro dia de aula, o começo de uma história que com certeza terá um final feliz!

UFPEL, TUTORAS e COLEGAS:

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Quem acredita sempre alcança!”
Renato Russo

o meu muito obrigado!!!






segunda-feira, 11 de abril de 2011

“É preciso criar pessoas que se atrevam
a sair das trilhas aprendidas, com coragem de explorar novos caminhos, pois a ciência construiu-se pela ousadia dos que sonham e o conhecimento é a aventura pelo desconhecido em busca da terra sonhada.”

Rubem Alves



sexta-feira, 1 de abril de 2011

Para refletir...

O poder de um sorriso
Havia um pequeno menino que queria-se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto ele encheu sua mochila com pasteis e guaraná, e começou sua caminhada.

Quando ele andou umas 3 quadras, encontrou um velhinho sentando em um banco da praça olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele , abriu sua mochila , e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel.

O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O menino estava muito feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho. O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face: -"O que você fez hoje que te deixou tão feliz? Ele respondeu: -"Passei a tarde com Deus" e acrescentou -"Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi".

Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante, e seu filho perguntou:

-"Por onde você esteve que te deixou tão feliz?"

Ele respondeu:

-"Comi pasteis e tomei guaraná no parque com Deus". Antes que seu filho pudesse dizer algo ele falou:

-"Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?"

Nunca subestime a força de um sorriso, o poder de uma palavra, de um ouvido para ouvir, um honesto elogio, ou até um ato de carinho.
Tudo isso tem o potencial de fazer virar uma vida.
Por medo de diminuir deixamos de crescer.
Por medo de chorar deixamos de sorrir!!!
Portanto Sorria !!!
 
 

terça-feira, 29 de março de 2011

Comunicação e Educação

                                       Comunicação e Educação
        Falar de educação é falar de um processo permanente de mudanças, baseada em uma das
minhas entrevistas começo a contar-lhes como era forma de comunicação e educação há anos atrás.
        Antigamente os meios de comunicação eram através de recados ou cartas, com o passar do
tempo foram surgindo às rádios e jornais que serviam como meio de comunicação, o rádio era o
meio mais utilizado pelos moradores do campo, como podemos ainda presenciar em algumas rádios
da cidade.
        No tempo de nossos avôs, nem todas as crianças iam para escola, pois não era obrigatório,
mas também porque tinham de ajudar os pais nos afazeres de casa. Contando com a vontade o de
uma das moças da comunidade que tinha estudo, reuniam-se todas as crianças para aprender o
básico, a ler, escrever e fazer cálculos, geralmente em velhos galpões, sem atrativos e condições,
apenas cadeiras e algumas mesas tornavam-se salas de aula, para crianças de diversas idades.
        “Os nossos pais antigamente queriam nos ver trabalhando ainda crianças, ajudando no
sustento da casa, o estudo ficava para depois, pois precisávamos aprender a viver a vida que não
era muito fácil.” Celoi Oliveira.
        Com o passar do tempo foram criadas as escolas rurais, onde crianças de várias localidades
se deslocam a pé, a cavalo ou carroças para estudar.
        As coisas foram melhorando, mais escolas surgiram e estas passaram a ser para todos, pois
eram de fácil acesso. Cada turma passou a ter a sua professora responsável, com o término do aluno
no primário, os mesmos passavam a ter professores específicos para cada matéria.
        Os livros eram o passaporte para essas aventuras, pois naquele tempo não existiam as
tecnologias que temos hoje.
        As coisas foram mudando, era obrigatório as crianças irem à escola e os pais viram a
importância de se ter estudo. A escola era muito rigorosa, os professores eram muito rígidos, se
faziam respeitar, e eram respeitados, mesmo sendo algumas vezes injustos, era comum ao aluno
sofrer castigos por mau comportamento, ou desrespeito aos professores ou até mesmo por não
fazerem as lições de casa.
        “;;Os nossos professores eram como os nossos pais autoritários, era tudo muito diferente
da educação dos dias de hoje, antigamente estudar era coisa séria, tínhamos até uniformes, Deus
me livre ir com o uniforme sujo ou amassado, de maneira alguma era permitido falar alguma
besteira pro pai da gente ou pro professor, era muito diferente, hoje até de sexo se fala com os
pais e com os professores. Eu acho que as coisas estão muito liberadas, as crianças estão sem
limites. Naquele tempo a gente escutava muito a rádio, e escrevia muita carta.” Celoi Oliveira.
        “A escola há trinta anos era tradicional, o aluno não tinha direito de se expressar como
hoje, era totalmente fechada para o aluno.” Paulo Freitas.
        “Os professores apenas ensinavam o conteúdo, não era como hoje, não tínhamos tanta
abertura assim.” Julieta Ramos.
        Como podemos concluir a educação esta em continuo desenvolvimento, claro que a
realidade já está bem diferente, hoje as escolas oferecem uma estrutura bem planejada, salas de
aulas amplas, mesas e cadeiras para todos, laboratórios de ciências, informática, pátio, refeitório e
atividades extraclasse. O ambiente também mudou, os professores e alunos criaram laços de
amizade, sabendo respeitar um ao outro.
        Mas ambos ainda têm muito que mudar, preciso que aluno aprenda a conhecer e valorizar a
sua escola, e a educação que está recebendo, pois hoje os professores passam a ter o papel de pais,
pois acabam convivendo mais tempo com as crianças do que seus próprios pais.
       A escola e os professores por sua vez também têm que se atualizar, pois estamos passando
por um período onde os avanços tecnológicos estão cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia, e
este avanço exige um novo pensar que re-elabore novas técnicas pedagógicas e novas estratégias
para envolver os alunos, fazendo-os encarar os estudos de uma forma prazerosa, um momento
mágico de crescimento e aprendizado.
       Espero que daqui alguns anos, isso passe a ser diferente, onde teremos uma escola mais
aberta a idéias e mudanças, com professores mais capacitados, atualizados e valorizados. E com
alunos mais dinâmicos e mais concentrados com relação as suas responsabilidades.

Local onde vivo


Rua Felix da Cunha, Bairro Centro
CEP: 96508-230



Como em um sonho me ponho a olhar a rua que foi minha amiga de brincadeiras, minha arca do tesouro e minha confidente em meus tempos de infância. Não havia amiga mais devotada. Quando saía de casa, descendo correndo as escadas era ela que vinha me receber com seus mistérios, seus ruídos, seus cheiros e sabores inconfundíveis”.
Cláudia Valéria Miqueloti



Já se passaram 25 anos e aqui estou eu novamente sentada em frente à casa de minha vó, viajando por minhas lembranças tendo como inspiração minha rua e um velho banco de madeira construído por meu avô e reformado com o passar dos anos por meu pai, começo a contar a história do lugar onde vivo.
Com vocês a Rua dos Madeiras...
Tudo começou em 1965, quando meus avôs Celoi e Adão Madeira Pereira vieram de Caçapava para Cachoeira do Sul, naquela época minha mãe a filha caçula dos seis filhos da família tinha apenas sete anos. Uma rua de inicio sem calçamento, poucas e simples casas, sendo apenas três casas de alvenaria e alguns chalés acolhiam famílias, essa se tornou então o endereço de minha família.
Conhecido bairro de Cachoeira do Sul, por ter como seu ponto de referencia a proximidade com diversos pontos turístico da cidade como o Rio Jacuí, esse é meu segundo lar, pois me criei brincando de construir castelos gigantes nas areias, a igreja Matriz, onde fiz minha primeira comunhão, o Chateado D’ Eau (Castelo D Água em francês) lugar lindo onde passa horas esperando pra dar comida aos peixes, o Hospital de Caridade e Beneficência, onde nasci e belas praças onde me embalava nos balanços e brincava de pega-pega e como não podemos deixar de fora muito conhecido também por conter diversas casas noturnas, o motivo pelo qual hoje o local também conhecido como ZONA VÉIA.
Mas voltando para a rua, como conta minha vó com o passar dos anos, alguns moradores foram falecendo e seus herdeiros sem intenção de continuar morando naquela rua que estava a recém se formando acabaram vendendo sua propriedade, que por sua vez tiveram meus avôs como compradores. Hoje sentada nessa rua posso contar-les algo sobre cada morador que aqui reside, pois ainda recordo-me bem de minha infância e dos momentos mágicos que aqui vivi momentos estes de alegria, de medo, de tristeza, de aprendizado e descobertas, o primeiro beijo, os vários castigos, enfim momentos de uma vida. A primeira casa: a casa da esquina mora nossa vizinha Tânia, mãe de três filhos o Sandro, a Fernanda e a Luciana que por sua vez também se criaram nesta rua, e por acidente infelizmente tiveram sua casa devorada pelo fogo há alguns anos atrás, mas graça a ajuda dos vizinhos ninguém se feriu e hoje eles seguem sua vida normalmente construindo aos poucos o que foi perdido. Ao lado tem o galpão do meu avô Madeira, que infelizmente nós perdemos por conta da diabetes, o Seu Adão ou Madeira como era mais conhecido, sargento aposentado da brigada, que passava suas tardes dentro do seu velho fusca em baixo de sua árvore escutando as canções do cantor e compositor gaúcho Teixeirinha, também muito conhecido pelos jogos de pife, osso e rinha de galo, um observador e guardião da nossa rua, logo ao lado morava meu tio Irgen, que por motivos múltiplos acabou se afastando do seio da família, mas seu cantinho continua lá, hoje atualmente ele mora na Praia Nova, continuando a próxima casa é a da minha mãe, ops já ia esquecendo minha mãe Maria Eneida, como eu já havia contado antes venho morar na rua com apenas sete anos, e aqui como todos os meus tios construiu uma família, uma história e uma vida, casou-se com meu pai Edson Roberto das Neves, e juntos construíram o nosso lar, mas voltando ao assunto da casa essa eu conheço bem, primeiramente era uma casa simples, mas com um belo gramado na frente, isso conta meus pais, mas com o tempo a chegada de meus irmãos e eu fizemos com que a casa precisa-se de mais quartos e ai começou a construção, tanto eu como meus irmãos desde o nascimento moramos neste mesmo lugar, meu irmão Junior o mais velho tem 32 anos, depois minha irmã Chaiene com 27 e eu com 25 anos, hoje nossa casa está quase pronta, pois sempre tem uma reforminha para fazer, ao lado morava a Dona Noca, mãe de um grande musico cachoeirense Eurico Silva, era ela que cuidava de nós quando por ventura minha vó não podia isso era raro, mas acontecia, uma senhora bem velhinha, de cabelo branco e pele negra, infelizmente também já não está mais entre nós, depois do seu falecimento seu chalé ficou muito tempo abandonado, com vidraças e portas quebradas, o mato tomou conta e ai brincávamos que era uma casa amaldiçoada, lembro-me como se fosse hoje sexta feira costumava a passar o filme do “Jason – (Sexta feira 13)” na televisão, ai um dos meus tios colocava a teve na rua e nós fazíamos como num cinema, cada um com a sua cadeirinha assistindo aquele super filme de terror, e depois brincávamos de ver quem era o mais corajoso, tinha que entrar sozinho na casa da Dona Noca, sem vela nem lanterna, ih imagina que terror, o pátio da Dona Noca também serviu muitas vezes como palco pras atividades do dia do vizinho, isso sim era festa boa, o vô começava sexta feira com um sopão e claro a jogatina virava a noite, no sábado de manhã começava a festa com o som bem alto tocando musicas bem gaudérias, mas hoje em dia não existe mais essa casa, pois o Eurico vendeu este terreno pra minha mãe, ao lado do terreno temos o pátio da Maria, ela é cabeleireira mora na rua de cima, mas seu pátio faz parte da nossa rua, lá é o pomar da rua, nossa quantas vezes meus primos e eu nos machucávamos nos arames farpados pra roubar uma laranja, a Maria também era responsável pelos nossos cortes de cabelo, ao lado da Maria mora a minha Tia Ione, essa é minha mãe também, pois criou eu e meus irmãos como filhos e hoje até o filho dela fala que dividimos a mesma mãe, aos fundos da casa da minha tia, mora outro tio o Sinval, ao lado tem uma garagem de um vizinho que mora na rua de cima, este por sua vez, só o vimos quando ela vai cortar grama, adiante tem a dona Ide mais conhecida como a Vó do Marquinhos e da Bruna, pois seus netos tem mais ou menos a minha idade e brincávamos juntos, ela vendia os famosos sacolés, que fazia o maior sucesso, e para terminar na ultima casa morava a Lucia e a sua família, mas já faz muito tempo que se mudaram.. Começamos agora do outro lado da rua. Em frente à casa da Tânia mora a Maria mãe de dois filhos, um deles infelizmente perdeu a vida ainda muito jovem, ao lado da Maria mora minha vó, num sobrado, que tem como morador do andar de cima meu tio Adão, no mesmo terreno na parte de trás mora outro tio, o Mozart, recordo-me bem da casa de minha vó, uma grande cozinha com fogão a lenha, lá era o local onde meus avôs reuniam toda a família para um jantar isso quando por um bom motivo não estávamos todos no galpão, ao lado da casa da minha vó, mora a Dona Zeni, a enfermeira da rua, quando alguém precisa de uma injeção é com ela. Ao lado mora a Dona Edi com sua família, os próximos vizinhos são recentes e lá eles vivem como se fosse um condomínio, pois ali moram duas famílias, e ainda tem casas para alugar, lá mora a Marlene e seus dois filhos, o Leonardo e o Eduardo, que vieram morar na rua quando o Eduardo o filho mais velho tinha uns quinze anos, destino ou não hoje ele e uma das minhas primas são casados e tem um filho, e para encerrar na ultima casa mora o Sub conheço ele por este apelido, mas infelizmente não temos muito contato, pois eles são aposentados e passam boa parte do tempo viajando.
Então é assim o lugar onde minha família vive, onde eu nasci, cresci e pretendo nunca sair, um lugar que em cada canto trás lembrança da infância, da adolescência, das amizades de uma vida repleta de sonhos e ideais, e como não poderia ser diferente esta rua esta sendo a quarenta e seis anos o cenário perfeito para essa viajem em busca de velhas lembranças que o tempo jamais apagara, agora em frente à casa de minha mãe termino essa viajem.

Minha Rua.